quarta-feira, 14 de setembro de 2016

ESTADO DE GREVE NA EDUCAÇÃO É DECISÃO DA CATEGORIA LIDERADA PELO SINTEPP, EM IGARAPÉ-MIRI

Prof. israel Araújo - Coordenador-Geral



(Registro do momento em que a Categoria deflagrou Estado de Greve; dia de fervor nas lutas por uma Educação de Qualidade em Igarapé-Miri; foto: Auricélia Castro)


No dia de hoje, 14 de setembro de 2016, em uma fortíssima Assembleia extraordinária da Categoria de Trabalhadores/as da Educação, em Igarapé-Miri, aconteceu a deflagração de ESTADO DE GREVE na Educação Municipal; o Sintepp, por meio da Subsede de Ig.-Miri, convocou uma PARALISAÇÃO para este dia 14/09, nos três turnos de trabalho (manhã, tarde e noite), motivado pela decisão da Regional Baixo Tocantins do Sintepp de fazer paralisações nos seus nove municípios (Ig.-Miri, Abaetetuba, Moju, Barcarena, Tailândia, Acará, Tomé-Açu, Bujaru e Concórdia do Pará), nos dias 12, 13, 14 e 15 deste. A motivação principal da paralisação coletiva é o contingente de perdas nos direitos no seio da classe trabalhadora da educação pública.

Quanto a Igarapé-Miri, o Sintepp recorda que a imensa maioria das solicitações e tentativas de negociações junto ao governo petista municipal (comandado por Roberto Pina Oliveira e tendo como Titula da Secretaria de Educação o professor Janilson Oliveira Fonseca) não prosperou; quase nenhum dos Ofícios e demais expedientes foram respondidos. Pedidos de Folha de Pagamento também não obtiveram êxito, paralisação dos Servidores/as de Apoio aconteceu em 04/11/2015 e ,como consequência dessa luta, uma Minuta de Plano de Carreira Unificado foi construída (por uma equipe SEMED/SINTEPP, com auxílio de um ou dois Vereadores), mas (depois de protocolada na Prefeitura) foi "engavetada". Uma reunião com o Prefeito de Igarapé-Miri também não produziu efeitos (em maio/2016).

Some-se a isso os atrasos nos pagamentos de salários dos servidores/as de Apoio e Contratados (em julho passado) e não pagamento de 1/3 de Férias a uma parte dos Servidores/as da rede; além disso, centenas de Contratados/as ocupam os lugares que podem ser de servidores concursados/as. Sem contar outros entraves e/ou perdas. Em meio a tantas dificuldades e tendo em vista o insucesso de tantas tentativas, a Categoria deflagrou Estado de Greve, o que será oficiado às autoridades (para ciência), e reunirá novamente, em breve, para decidir novos rumos.

No Sintepp, sempre se fala em um SINDICATO FORTE E COMBATIVO.







(Assembleia-Geral extraordinária foi realizada hj, 14/09, na sede do Sintepp; em dia de fervor nas lutas por Educação de Qualidade, Categoria superlotou as dependências da sede do Sindicato; foto: Auricélia Castro)


quinta-feira, 8 de setembro de 2016

IDEB DO PARÁ CADA VEZ PIOR: POR QUE SERÁ?

Israel Fonseca Araújo
Coordenador-Geral da Subsede





Nos países que primam pela excelência, os anos finais do ciclo escolar consolidam o conhecimento acumulado ao longo do trajeto e mais: preparam os estudantes para se tornar gente pensante, produtiva, inovadora. Oferecer um bom ensino médio é, portanto, crucial para pavimentar o caminho do jovem, seja para a vida acadêmica ou qualquer ofício que lhe dê bom rumo na vida. Essa é a história contada do ponto de vista do ideal. A realidade no Brasil é muito mais árida, como mostra o novo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) divulgado nesta quinta-feira. Um dado apenas já dá o tom da catástrofe: a matemática no ensino médio obteve o pior resultado desde 2005. Não avançou um décimo. Ao contrário, retrocedeu. Na última avaliação, referente a 2013, apenas 9% dos alunos apresentavam aprendizado considerado adequado na disciplina, número que junta as escolas públicas às privadas. Segundo os números de hoje, o porcentual é menor, entre 8% e 9%. Em 1999, eram mais: 12%. (VEJA.Com)

Quanto a nós mesmos, vejamos algumas constatações sobre essa realidade; se nosso Índice paraense está cada vez pior, mas se temos trabalhado com profissionalismo, competência e dedicação, o que explicaria essas seguidas quedas? É desmotivação o que está nos minando tanto? Confira os motivos abaixo listados: É uma triste realidade; agora observem umas situações sobre a atuação de Jatene/PSDB contra a Educação Pública do Pará:

1 - Congelamento de salários de trabalhadores/as da Educação;

2 - Não pagamento do Piso Nacional do Magistério (que já é valor irrisório), desde 2011;

3 - Cortes em Programa de Incentivo à Formação de Mestres e/ou Doutores para a rede do Pará;

4 - Mudança na legislação do Pará, para reduzir os Vencimentos do Professores/as;

5 - Não valorização dos Especialistas em Educação/Técnicos (têm os salários mais vexatórios do Magistério do Pará);

6 – Descumprimento de Acordos de Greve, firmados com a Categoria (representada pelo Sintepp);

7 – Perda de vínculos nas escolas para os recém-formados Mestres e Doutores (voltam do Mestrado/Doutora e ficam ou com apenas 50% de seus salários ou têm de “pingar” aulas em escolas e em municípios; não há garantias aos mesmos, de que terão sua jornada de trabalho, ao retornar: isso faz com que a maioria dos trabalhadores/as desistam de tentar entrar aos Mestrados/Doutorados;

8 – Sucateamento das Escolas estaduais, visando convencer a sociedade a privatizar as mesmas, no futuro (o mote da Doutrina Neoliberal);

9 – Fechamento de anos letivos sem que alunos estudem disciplinas do Currículo escolar, e isso a seguidos anos (incluindo Matemática e línguas estrangeiras);

10 – Escolas sem Quadras poliesportivas, prédios caindo aos pedaços, ausência de Laboratórios, cortes nas lotações de Docentes em Espaços Pedagógicos;

11 – Não cumprimento de lei estadual de Eleições Diretas nas escolas (continuam as INDICAÇÕES POLÍTICAS, sabidamente partidárias, na modalidade caciquismo); com isso a Comunidade Escolar é obrigada a aceitar o que deputados, assessores e outros decidem;

12 – Congelamento de Concursos Públicos, visando aumentar a contratação “política” e a Terceirização (relações “políticas” com empresas);


Outros, piores até.



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OUTRO LADO

Segundo Simão Jatene e seus aliados, atuantes na Seduc-PA, tudo está às mil maravilhas, em termos de gestão da educação do Pará.

E você, leitor(a), o que acha disso tudo?